Caro(a) amigo(a) do MAH,
O Museu de Angra do Heroísmo recebe a 1 de fevereiro o depósito de duas obras de José Júlio de Souza Pinto, pintor naturalista angrense, pertencentes à Coleção de Pintura do NOVO BANCO, as quais passarão a integrar a exposição Do Mar e da Terra… uma história no Atlântico, patente no piso superior do Edifício de São Francisco, no âmbito do projeto Museu Adentro.
A cerimónia de assinatura do protocolo de depósito destas obras, que terá lugar pelas 10h00, do dia 1 de fevereiro, será complementada por uma apresentação das obras pela Prof. Doutora Ana Paula Rebelo Correia, consultora científica para a Coleção de Pintura do NOVO BANCO, que decorrerá no dia 2 de fevereiro, pelas 15h00, no âmbito da 13ª edição da rubrica Museu Adentro, que viabiliza a mostra em espaço museológico de peça notáveis pertencentes a entidades públicas e privadas da comunidade.
A integração das duas pinturas, Volta do Rio e Chamando a Barcaça, no Museu de Angra do Heroísmo, decorre da iniciativa do NOVO BANCO Cultura de disponibilizar ao público o seu património artístico e cultural, através de parcerias com museus, em cujos percursos expositivos as peças depositadas passam a integrar-se, o que justifica a inserção das obras de José Júlio de Souza Pinto, natural de Angra do Heroísmo, e um dos grandes pintores portugueses da primeira geração naturalista, no 3º momento da exposição Do Mar e da Terra…uma história no Atlântico, que dá conta da formação da contemporaneidade.
As duas pinturas Volta do Rio e Chamando a Barcaça foram realizadas em Pont-Scorff, na Bretanha, onde José Júlio de Souza Pinto se instalou em 1903, e cujos costumes, paisagens e cambiantes atmosféricos o vão inspirar ao longo de quatro décadas. Representam as lavadeiras que lavavam e branqueavam a roupa no rio Scorff, um dos ofícios mais comuns na região durante o século XIX, e nos primeiros anos do século XX.
Souza Pinto assimila na sua pintura a expressão do sentimento psicológico veiculada pelos realistas, os valores estéticos dos impressionistas, a veracidade atmosférica da pintura ao ar livre, desenvolvendo uma componente artística e interpretativa muito própria e inconfundível, marcada nomeadamente pela capacidade de conciliar o ambiente melancólico, mais sombrio e nublado, que caracteriza a paisagem bretã, com a atmosfera luminosa que via em Portugal, onde passava longas temporadas.
Cumprimentos,
Maria Fagundes
Secretariado
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